Pesquisa revista VEJA.
http://www.youtube.com/watch?v=NjpNkOTtfzc&feature=relmfu
Estudantes na Faculdade Anhanguera de Taguatinga. Cursando o 5º semestre de pedagogia. Alunos: Cristiane Celeste RA: 1099270109 Fabíola Rodrigues RA: 1099258102 João Lucas RA: 2177239527 Luzinete Pinto RA: 1099549571 Nathália Costa RA: 2117195625 Neula Araújo RA: 2120209204
sexta-feira, 8 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
Ler é descobrir um universo de possibilidades
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Pesquisa
realizada por Julveci Antunes Camargo
cursando o 5º semestre de pedagogia RA 1054042697 email-julina.antunes8689@gmail.com
com tema Valores Nutricionais das verduras e legumes.
Cenoura
Corbis/Latinstock
|
Nutrientes:
vitaminas
A e C e betacaroteno. Fonte de sódio, potássio e carboidratos
O que
acontece com ela ao:
Cozinhar: em água, há perda de 10% a 50% da vitamina C. Para minimizar as perdas, o ideal é cozinhá-la inteira, em pouca água e fogo brando ou no vapor, por 25 a 35 minutos. O cozimento aumenta a disponibilidade de vitamina A
Cozinhar: em água, há perda de 10% a 50% da vitamina C. Para minimizar as perdas, o ideal é cozinhá-la inteira, em pouca água e fogo brando ou no vapor, por 25 a 35 minutos. O cozimento aumenta a disponibilidade de vitamina A
Assar: perdem-se minerais como sódio e
potássio
Fritar/refogar
em óleo: como o
betacaroteno é lipossolúvel (solúvel em gordura), a fritura melhora a absorção
desse nutriente pelo organismo. Mas a gordura eleva o índice glicêmico, que
pode resultar em aumento nos níveis de açúcar no sangue
Esquentar
no micro-ondas: perde-se
parte das vitaminas e aumenta-se o índice glicêmico
Congelar
e descongelar: diminui-se o índice glicêmico e não há perda significativa de
nutrientes
Berinjela
Corbis/Latinstock
|
Nutrientes:
proteínas,
cálcio, fósforo e vitaminas B1, B2 e C. Boa fonte de antocianinas
O que
acontece com ela ao:
Cozinhar: em grande quantidade de água e a altas temperaturas, há perda de até 50% da vitamina C e de até 25% da vitamina B
Cozinhar: em grande quantidade de água e a altas temperaturas, há perda de até 50% da vitamina C e de até 25% da vitamina B
Assar: perdem-se poucos minerais e
ativam-se as antocianinas, presentes na sua cor roxa
Fritar/refogar
em óleo: aumenta a
absorção de antocianina
Esquentar
no micro-ondas: a
estrutura química das antocianinas é alterada, e elas perdem suas propriedades
Congelar
e descongelar: não há
perdas significativas
Ervilha
Getty Images/RF
|
Nutrientes:
boa fonte de vitaminas A, B e C.
Tem ainda fósforo, cálcio, potássio, zinco, selênio e ferro
O que
acontece com ela ao:
Cozinhar: reduz-se o teor de fibras. Em água, a perda é mais elevada. Por isso, o melhor é prepará-la no vapor
Cozinhar: reduz-se o teor de fibras. Em água, a perda é mais elevada. Por isso, o melhor é prepará-la no vapor
Assar: a absorção da vitamina A e de minerais pelo
organismo é favorecida. Mas há perda de vitaminas C e do complexo B
Fritar/refogar
em óleo: as altas
temperaturas desperdiçam vitaminas, especialmente a C
Esquentar
no micro-ondas: perdem-se
menos vitaminas em comparação ao forno tradicional
Congelar
e descongelar: reduz-se
a perda de vitamina C e existe um aumento das fibras amidorresistentes
Tomate
Pedro Rubens
|
Nutrientes:
fonte abundante de licopeno. Boa
quantidade de potássio, sódio, fósforo, cálcio, magnésio, ferro, fibras,
vitamina C e betacaroteno
O que
acontece com ele ao:
Cozinhar: perde para a água parte da vitamina C. Mas, com a adição de azeite, a absorção do licopeno pelo organismo é favorecida
Cozinhar: perde para a água parte da vitamina C. Mas, com a adição de azeite, a absorção do licopeno pelo organismo é favorecida
Assar: ativa-se o licopeno
Fritar/refogar
em óleo: a
absorção do licopeno é melhor
Esquentar
no micro-ondas: perde-se
o licopeno – sua molécula é oxidada
Congelar
e descongelar: não há
perdas significativas
Beterraba
|
Nutrientes:
ferro, ácido fólico, potássio,
vitaminas A, C e do complexo
B
O que
acontece com ela ao:
Cozinhar: perde-se muito potássio e há aumento do índice glicêmico
Cozinhar: perde-se muito potássio e há aumento do índice glicêmico
Assar: ocorre perda de minerais como o
ferro e de vitaminas C e B, além de ácido fólico. Mas há melhora na absorção da
vitamina A
Fritar/refogar
em óleo: elevam-se
o valor calórico e o índice glicêmico
Esquentar
no micro-ondas: a perda
de nutrientes é menor em comparação com o preparo no forno convencional
Congelar
e descongelar: o
processo aumenta a quantidade de fibras
Brócolis
Dercilio
|
Nutrientes:
vitaminas
A e C e antioxidantes, como glicosinolatos e betacaroteno. Grande quantidade de
vitaminas do complexo B, enxofre, cálcio, ferro, zinco, ácido fólico e potássio
O que
acontece com eles ao:
Cozinhar: no vapor, não há perda de vitaminas nem de antioxidantes. Na água, boa parte das vitaminas é eliminada
Cozinhar: no vapor, não há perda de vitaminas nem de antioxidantes. Na água, boa parte das vitaminas é eliminada
Assar: perdem-se minerais como ferro,
cálcio e enxofre. Mas o calor do forno favorece a absorção da vitamina A
Fritar/refogar
em óleo: não há
perda de nutrientes. Além disso, como os glicosinolatos são mais liberados na
gordura, a fritura facilita sua absorção pelo organismo
Esquentar
no micro-ondas: a perda
de vitaminas B e C ocorre em menor escala do que no cozimento ou ao forno
Congelar
e descongelar: as perdas
não são significativas
Para entender os nutrientes
Ácido
fólico uma
das variantes da vitamina B, ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares
Antocianina
antioxidante
que combate danos nas células e ajuda a reduzir o colesterol
Betacaroteno antioxidante que protege as
artérias, combate infecções e previne alguns tipos de câncer
Cálcio fortalece os ossos
Clorofila
melhora
a imunidade
Enxofre
ajuda
na renovação celular
Ferro
elemento
essencial na produção de hemoglobina, que leva oxigênio às células
Fósforo
bom
para a saúde dos ossos e da memória
Glicosinolatos antioxidantes que protegem
contra o câncer
Licopeno antioxidante que previne o tumor
de próstata
Magnésio
atua no
sistema imunológico
Potássio regula a pressão arterial e o
funcionamento dos rins
Selênio
combate
a ação dos radicais livres nas células
Vitamina
A tem
poder antioxidante
Vitaminas
do complexo B ajudam
a eliminar toxinas
Vitamina
C
fundamental para o sistema imunológico e para a saúde dos dentes, cabelos,
músculos e ossos. Também ajuda na absorção de ferro
Zinco atua na atividade das enzimas
|
Milho e suas qualidades nutricionais
O milho é um dos alimentos mais nutritivos que
existem. Puro ou como ingredientes de outros produtos, é uma importante fonte
de energética para o homem. Ao contrário do trigo e o arroz, que são refinados
durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é
rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano.
Além das fibras, o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas, vitaminas (A e complexo B), sais minerais (ferro, fósforo, potássio, cálcio), óleo e grandes quantidades de açúcares, gorduras, celulose e calorias.
Além das fibras, o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas, vitaminas (A e complexo B), sais minerais (ferro, fósforo, potássio, cálcio), óleo e grandes quantidades de açúcares, gorduras, celulose e calorias.
|
Maior que as qualidades nutricionais do milho, só
mesmo sua versatilidade para o aproveitamento na alimentação humana. Ele pode
ser consumido diretamente ou como componente para a fabricação de balas,
biscoitos, pães, chocolates, geléias, sorvetes, maionese e até cerveja.
Apesar de serem usados para fazer pães, o milho não contém a proteína glúten. Isso faz com que os assados de milho não sejam especialmente nutritivos (como é o caso dos assados feitos de trigo).
Apesar de serem usados para fazer pães, o milho não contém a proteína glúten. Isso faz com que os assados de milho não sejam especialmente nutritivos (como é o caso dos assados feitos de trigo).
Indicações de filmes
COMO ESTRELAS NA TERRA TODA CRIANÇA É ESPECIAL
Esse filme é uma indicação para todos os educadores que desejam profudamente fazer a diferença na sua atuação pedagógica. Emocione-se!
http://www.youtube.com/watch?v=Xvbs8sLQWQ8
ESCRITORES DA LIBERDADE
Com certeza o que uni o ser humano ao seu próximo é bem maior do que qualquer diferença.
http://www.youtube.com/watch?v=SRNBc24UxaE&feature=related Afeto significa tocar... tocar a alma das pessoas.
MEU NOME É RÁDIO
Quando nos dispomos a fazer mais do que esperam somos nós mesmos que nos tornamos seres melhores. Eu chorei!
http://www.youtube.com/watch?v=46hRs2tjROY
OUTRAS INDICAÇÕES
- Preciosa_ Trata-se de uma menina que sofre preconceito pela sua cor, peso e ainda é rejeitada pela mãe.
-Corrente do bem_ Um garoto da 7º série cria um meio de tentar modificar a realidade em que vive.
-Nenhum a menos_ A persistência de um menino na busca de manter os alunos até o retorno do professor titular.
-Mentes perigosas_ Aborda a violência dentro de uma escola.
Faça sua pipoca e curta bastante!
Esse filme é uma indicação para todos os educadores que desejam profudamente fazer a diferença na sua atuação pedagógica. Emocione-se!
http://www.youtube.com/watch?v=Xvbs8sLQWQ8
ESCRITORES DA LIBERDADE
Com certeza o que uni o ser humano ao seu próximo é bem maior do que qualquer diferença.
http://www.youtube.com/watch?v=SRNBc24UxaE&feature=related Afeto significa tocar... tocar a alma das pessoas.
MEU NOME É RÁDIO
Quando nos dispomos a fazer mais do que esperam somos nós mesmos que nos tornamos seres melhores. Eu chorei!
http://www.youtube.com/watch?v=46hRs2tjROY
OUTRAS INDICAÇÕES
- Preciosa_ Trata-se de uma menina que sofre preconceito pela sua cor, peso e ainda é rejeitada pela mãe.
-Corrente do bem_ Um garoto da 7º série cria um meio de tentar modificar a realidade em que vive.
-Nenhum a menos_ A persistência de um menino na busca de manter os alunos até o retorno do professor titular.
-Mentes perigosas_ Aborda a violência dentro de uma escola.
Faça sua pipoca e curta bastante!
SOPA
Que que
tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
Será que tem espinafre será que tem tomate?
Será que tem feijão será que tem agrião?
É um é dois é três!
Que que tem na sopa do neném?
Será que tem espinafre será que tem tomate?
Será que tem feijão será que tem agrião?
É um é dois é três!
Que que
tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
Será que tem farinha será que tem balinha?
Será que tem macarrão será que caminhão
É um é dois é três!
Que que tem na sopa do neném?
Será que tem farinha será que tem balinha?
Será que tem macarrão será que caminhão
É um é dois é três!
Que que
tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
Será que tem rabanete será que tem sorvete?
Será que tem berinjela será que tem panela?
É um é dois é três!
Que que tem na sopa do neném?
Será que tem rabanete será que tem sorvete?
Será que tem berinjela será que tem panela?
É um é dois é três!
Que que
tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
Será que tem mandioca será que tem minhoca?
Será que tem jacaré será que tem chulé?
É um é dois é três!
Que que tem na sopa do neném?
Será que tem mandioca será que tem minhoca?
Será que tem jacaré será que tem chulé?
É um é dois é três!
Que que
tem na sopa do neném?
que que tem na sopa do neném?
Será que tem alho poró será que tem sabão em pó?
Será que tem repolho será que tem piolho?
É um é dois é três!
que que tem na sopa do neném?
Será que tem alho poró será que tem sabão em pó?
Será que tem repolho será que tem piolho?
É um é dois é três!
Que que
tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
que que tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
Que que tem na sopa do neném?
que que tem na sopa do neném?
Revista Recre@rte Nº3 Junio
2005 ISSN: 1699-1834
http://www.iacat.com/revista/recrearte/recrearte03.htm
| ||
A IMPORTÂNCIA DA MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL
A MÚSICA COMO MEIO DE DESENVOLVER A
INTELIGÊNCIA E A INTEGRAÇÃO DO SER
Lígia Karina Meneghetti Chiarelli
Curso de Especialização em Psicopedagogia
Sidirley de Jesus Barreto
Instituto Catarinense de Pós-Graduação
Este artigo tem por objetivo apresentar a
música e a musicalização como elementos contribuintes para o desenvolvimento da
inteligência e a integração do ser. Explica como a musicalização pode contribuir
com a aprendizagem, traz algumas sugestões de atividades e analisa o papel da
música na educação. Remete também ‘a Inteligência Musical,
apontada por Howard Gardner, como uma das múltiplas inteligências e à capacidade
que a música tem de influenciar o homem física e mentalmente, podendo contribuir
para a harmonia pessoal, facilitando a integração e a inclusão social.
Palavras-chave: música, musicalização,
educação, desenvolvimento, integração, inclusão.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por objetivo apresentar a música e a
musicalização como elementos contribuintes para o desenvolvimento da
inteligência e a integração do ser. Explica como a musicalização pode contribuir
com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo/ lingüístico,
psicomotor e sócio-afetivo da criança. Apresenta algumas sugestões de
atividades, baseadas na experiência com a prática da musicalização com crianças
e fundamentadas em pesquisa bibliográfica.
O artigo fala ainda do papel da música na educação, não apenas
como experiência estética, mas também como facilitadora do processo de
aprendizagem, como instrumento para tornar a escola um lugar mais alegre e
receptivo, e também ampliando o conhecimento musical do aluno, afinal a música é
um bem cultural e seu conhecimento não deve ser privilégio de poucos. Sugere que
a escola deve oportunizar a convivência com os diferentes gêneros, apresentando
novos estilos, proporcionando uma análise reflexiva do que lhe é apresentado,
permitindo que o aluno se torne mais crítico.
Também aborda a questão da Inteligência Musical, apresentada
por Howard Gardner (1995) na teoria das inteligências múltiplas, e apresenta
alguns motivos pelos quais ela deva ser melhor considerada no currículo escolar.
Por fim, indica a música como um elemento importante para estabelecer a harmonia
pessoal, facilitando a integração, a inclusão social e o equilíbrio
psicossomático.
2. O QUE É MÚSICA?
Segundo Bréscia (2003), a música é uma
linguagem universal, tendo participado da história da humanidade desde as
primeiras civilizações. Conforme dados antropológicos, as primeiras músicas
seriam usadas em rituais, como: nascimento, casamento, morte, recuperação de
doenças e fertilidade. Com o desenvolvimento das sociedades, a música também
passou a ser utilizada em louvor a líderes, como a executada nas procissões
reais do antigo Egito e na Suméria.
Na Grécia Clássica o ensino da música era obrigatório, e há
indícios de que já havia orquestras naquela época. Pitágoras de Samos, filósofo
grego da Antigüidade, ensinava como determinados acordes musicais e certas
melodias criavam reações definidas no organismo humano. “Pitágoras demonstrou
que a seqüência correta de sons, se tocada musicalmente num instrumento, pode
mudar padrões de comportamento e acelerar o processo de cura” (BRÉSCIA, p. 31,
2003).
Atualmente existem diversas definições para música. Mas, de um
modo geral, ela é considerada ciência e arte, na medida em que as relações entre
os elementos musicais são relações matemáticas e físicas; a arte manifesta-se
pela escolha dos arranjos e combinações. Houaiss apud Bréscia (2003, p. 25)
conceitua a música como “[...] combinação harmoniosa e expressiva de sons e como
a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a
época, a civilização etc”.
Já Gainza (1988, p.22) ressalta que: “A música e o som,
enquanto energia, estimulam o movimento interno e externo no homem;
impulsionam-no ‘a ação e promovem nele uma multiplicidade de condutas de
diferentes qualidade e grau”.
De acordo com Weigel (1988, p. 10) a música é composta
basicamente por:
Som: são as vibrações audíveis e regulares de
corpos elásticos, que se repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do
relógio. As vibrações irregulares são denominadas ruído.
Ritmo: é o efeito que se origina da duração de
diferentes sons, longos ou curtos.
Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada
dos sons.
Harmonia: é a combinação simultânea, melódica
e harmoniosa dos sons.
De acordo com Wilhems apud Gainza (1988, p. 36):
Cada um dos aspectos ou elementos da música corresponde a um
aspecto humano específico, ao qual mobiliza com exclusividade ou mais
intensamente: o ritmo musical induz ao movimento corporal, a melodia estimula a
afetividade; a ordem ou a estrutura musical (na harmonia ou na forma musical)
contribui ativamente para a afirmação ou para a restauração da ordem mental no
homem.
2.1. O QUE É MUSICALIZAÇÃO ?
Para Bréscia (2003) a musicalização é um processo de construção
do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical,
favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do
prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção,
auto-disciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também
contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.
As atividades de musicalização permitem que a criança conheça
melhor a si mesma, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também
permitem a comunicação com o outro. Weigel (1988) e Barreto (2000) afirmam que
atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento
cognitivo/ lingüístico, psicomotor e sócio-afetivo da criança, da seguinte
forma:
Desenvolvimento cognitivo/ lingüístico: a
fonte de conhecimento da criança são as situações que ela tem oportunidade de
experimentar em seu dia a dia. Dessa forma, quanto maior a riqueza de estímulos
que ela receber melhor será seu desenvolvimento intelectual. Nesse sentido, as
experiências rítmico musicais que permitem uma participação ativa (vendo,
ouvindo, tocando) favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao
trabalhar com os sons ela desenvolve sua acuidade auditiva; ao acompanhar gestos
ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a atenção; ao cantar ou
imitar sons ela esta descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o
ambiente em que vive.
Desenvolvimento psicomotor: as atividades
musicais oferecem inúmeras oportunidades para que a criança aprimore sua
habilidade motora, aprenda a controlar seus músculos e mova-se com desenvoltura.
O ritmo tem um papel importante na formação e equilíbrio do sistema nervoso.
Isto porque toda expressão musical ativa age sobre a mente, favorecendo a
descarga emocional, a reação motora e aliviando as tensões. Qualquer movimento
adaptado a um ritmo é resultado de um conjunto completo (e complexo) de
atividades coordenadas. Por isso atividades como cantar fazendo gestos, dançar,
bater palmas, pés, são experiências importantes para a criança, pois elas
permitem que se desenvolva o senso rítmico, a coordenação motora, fatores
importantes também para o processo de aquisição da leitura e da escrita.
Desenvolvimento sócio-afetivo: a criança aos
poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao
mesmo tempo buscando integrar-se com os outros. Nesse processo a auto-estima e a
auto-realização desempenham um papel muito importante. Através do
desenvolvimento da auto-estima ela aprende a se aceitar como é, com suas
capacidades e limitações. As atividades musicais coletivas favorecem o
desenvolvimento da socialização, estimulando a compreensão, a participação e a
cooperação. Dessa forma a criança vai desenvolvendo o conceito de grupo. Além
disso, ao expressar-se musicalmente em atividades que lhe dêem prazer, ela
demonstra seus sentimentos, libera suas emoções, desenvolvendo um sentimento de
segurança e auto-realização.
É importante salientar a importância de se desenvolver a escuta
sensível e ativa nas crianças. Mársico (1982) comenta que nos dias atuais as
possibilidades de desenvolvimento auditivo se tornam cada vez mais reduzidas, as
principais causas são o predomínio dos estímulos visuais sobre os auditivos e o
excesso de ruídos com que estamos habituados a conviver. Por isso, é fundamental
fazer uso de atividades de musicalização que explorem o universo sonoro, levando
as crianças a ouvir com atenção, analisando, comparando os sons e buscando
identificar as diferentes fontes sonoras. Isso irá desenvolver sua capacidade
auditiva, exercitar a atenção, concentração e a capacidade de análise e seleção
de sons.
As atividades de exploração sonora devem partir do ambiente
familiar da criança, passando depois para ambientes diferentes. Por exemplo, o
educador pode pedir para que as crianças fiquem em silêncio e observem os sons
ao seu redor, depois elas podem descrever, desenhar ou imitar o que ouviram.
Também podem fazer um passeio pelo pátio da escola para descobrir novos sons, ou
aproveitar um passeio fora da escola e descobrir sons característicos de cada
lugar.
O educador também pode gravar sons e pedir para que as crianças
identifiquem cada um, ou produzir sons sem que elas vejam os objetos utilizados
e pedir para que elas os identifiquem, ou descubram de que material é feito o
objeto (metal, plástico, vidro, madeira) ou como o som foi produzido (agitado,
esfregado, rasgado, jogado no chão). Assim como são de grande importância as
atividades onde se busca localizar a fonte sonora e estabelecer a distância em
que o som foi produzido (perto ou longe). Para isso o professor pode pedir para
que as crianças fiquem de olhos fechados e indiquem de onde veio o som produzido
por ele, ou ainda, o professor pode caminhar entre os alunos utilizando um
instrumento ou outro objeto sonoro e as crianças vão acompanhando o movimento do
som com as mãos.
Posteriormente o educador pode trabalhar os atributos do som:
Altura: agudo, médio, grave.
Intensidade: forte, fraco.
Duração: longo, curto.
Timbre: é a característica de cada som, o que
nos faz diferenciar as vozes e os instrumentos.
Os atributos do som podem ser trabalhados por meio de
comparação, diferenciando um som agudo de um grave, forte de um fraco, ou longo
de um curto. Mas é mais interessante o uso de jogos musicais, como por exemplo,
o Jogo do Grave e Agudo (baseado no Morto Vivo, só que usa um som agudo para
ficar em pé e um grave para abaixar, o som pode ser produzido por um
instrumento, por apitos com alturas diferentes ou pela voz). O jogo de
Esconde-Esconde onde as crianças escolhem um objeto a ser escondido, e uma delas
se retira da classe enquanto as outras escondem o objeto. A criança que saiu
retorna para procurar o objeto e as outras devem ajudá-la a encontrar produzindo
sons com maior intensidade quando estiver perto, e menor intensidade quando
estiver longe. O som poderá ser produzido com a boca, palmas, ou da forma que
acharem melhor. Essa brincadeira leva a criança a controlar a intensidade sonora
e desenvolve a noção de espaço.
Para trabalhar a noção de duração o educador pode pedir para
que as crianças desenhem o som. Não é desenhar a fonte sonora, mas sim descrever
a impressão que o som causou, se foi demorado ou breve, ascendente ou
descendente. Por fim, para se trabalhar o timbre o educador pode pedir para que
uma criança fique de costas para a turma enquanto estes cantam uma canção, ao
sinal do professor todos param de cantar e apenas uma criança continua, a que
estava de costas deve adivinhar quem continuou. Estas são apenas sugestões,
existem diversos outros jogos que podem ser realizados.
Através dessas atividades o educador pode perceber quais os
pontos fortes e fracos das crianças, principalmente quanto à capacidade de
memória auditiva, observação, discriminação e reconhecimento dos sons, podendo
assim vir a trabalhar melhor o que está defasado. Bréscia (2003) ressalta que os
jogos musicais podem ser de três tipos, correspondentes às fases do
desenvolvimento infantil:
Sensório-Motor (até os dois anos):
São atividades que relacionam o som e o gesto. A criança pode
fazer gestos para produzir sons e expressar-se corporalmente para representar o
que ouve ou canta. Favorecem o desenvolvimento da motricidade.
Simbólico (a partir dos dois anos):
Aqui se busca representar o significado da música, o
sentimento, a expressão. O som tem função de ilustração, de sonoplastia.
Contribuem para o desenvolvimento da linguagem.
Analítico ou de Regras (a partir dos quatro
anos) : São jogos que envolvem a estrutura da música, onde são
necessárias a socialização e organização. Ela precisa escutar a si mesma e aos
outros, esperando sua vez de cantar ou tocar. Ajudam no desenvolvimento do
sentido de organização e disciplina.
A duração das atividades deve variar conforme a idade da
criança, dependendo de sua atenção e interesse. Além disso, vale lembrar que é
preciso respeitar a forma de expressão de cada um, mesmo que venha a parecer
repetitivo ou sem sentido. É importante que a criança sinta-se livre para se
expressar e criar.
2.2. O PAPEL DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO
Snyders (1992) comenta que a função mais evidente da escola é
preparar os jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades.
Mas ela pode parecer aos alunos como um remédio amargo que eles precisam engolir
para assegurar, num futuro bastante indeterminado, uma felicidade bastante
incerta. A música pode contribuir para tornar esse ambiente mais alegre e
favorável à aprendizagem, afinal “propiciar uma alegria que seja vivida no
presente é a dimensão essencial da pedagogia, e é preciso que os esforços dos
alunos sejam estimulados, compensados e recompensados por uma alegria que possa
ser vivida no momento presente” (SNYDERS, 1992, p. 14).
Além de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre,
podendo ser usada para proporcionar uma atmosfera mais receptiva à chegada dos
alunos, oferecendo um efeito calmante após períodos de atividade física e
reduzindo a tensão em momentos de avaliação, a música também pode ser usada como
um recurso no aprendizado de diversas disciplinas. O educador pode selecionar
músicas que falem do conteúdo a ser trabalhado em sua área, isso vai tornar a
aula dinâmica, atrativa, e vai ajudar a recordar as informações. Mas, a música
também deve ser estudada como matéria em si, como linguagem artística, forma de
expressão e um bem cultural. A escola deve ampliar o conhecimento musical do
aluno, oportunizando a convivência com os diferentes gêneros, apresentando novos
estilos, proporcionando uma análise reflexiva do que lhe é apresentado,
permitindo que o aluno se torne mais crítico. Conforme Mársico (1982, p.148)
“[...] uma das tarefas primordiais da escola é assegurar a igualdade de chances,
para que toda criança possa ter acesso à música e possa educar-se musicalmente,
qualquer que seja o ambiente sócio-cultural de que provenha”.
As atividades musicais realizadas na escola não visam a
formação de músicos, e sim, através da vivência e compreensão da linguagem
musical, propiciar a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de
emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação integral do
ser. A esse respeito Katsch e Merle-Fishman apud Bréscia (2003, p.60) afirmam
que “[...] a música pode melhorar o desempenho e a concentração, além de ter um
impacto positivo na aprendizagem de matemática, leitura e outras habilidades
lingüísticas nas crianças”.
Além disso, como já foi citado anteriormente, o trabalho com
musicalização infantil na escola é um poderoso instrumento que desenvolve, além
da sensibilidade à música, fatores como: concentração, memória,
coordenação motora, socialização, acuidade auditiva e disciplina. Conforme
Barreto (2000, p.45):
Ligar a música e o movimento, utilizando a dança ou a expressão
corporal, pode contribuir para que algumas crianças, em situação difícil na
escola, possam se adaptar (inibição psicomotora, debilidade psicomotora,
instabilidade psicomotora, etc.). Por isso é tão importante a escola se tornar
um ambiente alegre, favorável ao desenvolvimento.
Gainza (1988) afirma que as atividades musicais na escola podem
ter objetivos profiláticos, nos seguintes aspectos:
Físico: oferecendo atividades capazes de
promover o alívio de tensões devidas à instabilidade emocional
e fadiga;
Psíquico: promovendo processos de expressão,
comunicação e descarga emocional através do estímulo musical e sonoro;
Mental: proporcionando situações que possam
contribuir para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia,
organização e compreensão.
Para Bréscia (2003, p. 81) “[...] o aprendizado de música, além
de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral,
melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o
indivíduo”.
3. A INTELIGÊNCIA MUSICAL –
CONTRIBUIÇÕES DE HOWARD GARDNER
A teoria das inteligências múltiplas sugere
que existe um conjunto de habilidades, chamadas de inteligências, e que cada
indivíduo as possui em grau e em combinações diferentes. Segundo Gardner (1995,
p. 21): “Uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou
elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade
cultural”. São, a princípio, sete: inteligência musical, corporal-cinestésica,
lógico-matemática, lingüística, espacial, interpessoal e intrapessoal. A
inteligência musical é caracterizada pela habilidade para reconhecer sons e
ritmos, gosto em cantar ou tocar um instrumento musical.
Gardner (1995) destaca ainda que as inteligências são parte da
herança genética humana, todas se manifestam em algum grau em todas as crianças,
independente da educação ou apoio cultural. Assim, todo ser humano possui certas
capacidades essenciais em cada uma das inteligências, mas, mesmo que um
indivíduo possua grande potencial biológico para determinada habilidade, ele
precisa de oportunidades para explorar e desenvolvê-la. “Em resumo, a cultura
circundante desempenha um papel predominante na determinação do grau em que o
potencial intelectual de um indivíduo é realizado” (GARDNER, 1995, p, 47). Sendo
assim, a escola deve respeitar as habilidades de cada um, e também propiciar o
contato com atividades que trabalhem as outras inteligências, mesmo porque,
segundo o autor, todas as atividades que realizamos utilizam mais do que uma
inteligência.
Ao considerar as diferentes habilidades, a escola está dando
oportunidade para que o aluno se destaque em pelo menos uma delas, ao contrário
do que acontece quando se privilegiam apenas as capacidades lógico-matemática e
lingüística. Além disso, na avaliação é preciso considerar a forma de expressão
em que a criança melhor se adapte.
Campbell; Campbell; Dickinson (2000, p.147) ao comentarem sobre
a inteligência musical, resumem os motivos pelos quais ela deve ser valorizada
na escola:
- Conhecer música é importante.
- A música transmite nossa herança cultural. É tão importante
conhecer Beethoven e Louis Armstrong quanto conhecer Newton e Einstein.
- A música é uma aptidão inerente a todas as pessoas e merece
ser desenvolvida.
- A música é criativa e auto-expressiva, permitindo a expressão
de nossos pensamentos e sentimentos mais nobres.
- A música ensina os alunos sobre seus relacionamentos com os
outros, tanto em sua própria cultura quanto em culturas estrangeiras.
- A música oferece aos alunos rotas de sucesso que eles podem
não encontrar em parte alguma do currículo.
- A música melhora a aprendizagem de todas as matérias.
- A música ajuda os alunos a aprenderem que nem tudo na vida é
quantificável.
- A música exalta o espírito humano.
4. A MÚSICA COMO MEIO DE INTEGRAÇÃO DO
SER
Há muito vem se estudando a relação entre música e saúde,
conforme Bréscia (2003, p. 41): “A investigação científica dos aspectos e
processos psicológicos ligados à música é tão antiga quanto as
origens da psicologia como ciência”. A autora cita ainda os benefícios do uso da
música em diversos ambientes como hospitais, empresas e escolas.
Em alguns hospitais a música tem sido utilizada antes, durante
e após cirurgias, os resultados vão desde pressão sangüínea e pulso mais baixos,
menos ansiedade, sinais vitais e estado emocional mais estáveis, até menor
necessidade de anestésico. A Faculdade de Medicina do Centro de Ciências Médicas
e Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo realizou uma
pesquisa que avalia os efeitos da música em pacientes com câncer. A pesquisa
revela que a musicoterapia pode contribuir para a diminuição dos sintomas de
pacientes que fazem tratamento quimioterápico.
Em empresas o meio mais procurado para se fazer música é o
canto coral, pois esta é uma atividade que permite a integração e exige
cooperação entre seus membros, além de proporcionar relaxamento e descontração.
Na opinião de Faustini apud Bréscia (2003, p.61):
A necessidade social do homem de ser aceito por uma organização
e de pertencer a um determinado grupo para o qual contribua com seu tempo e
talento, é amplamente satisfeita pela participação num grupo coral. Além disso,
este grupo lhe dará grande satisfação e prazer em suas realizações artísticas,
beneficentes, religiosas, e desenvolverá nele orgulho sadio, por estar sua
pessoa relacionada a um excelente grupo.
Cantar é uma atividade que exige controle e uso total da
respiração, proporcionando relaxamento e energização. Fregtman apud Gregori
(1997 p. 89) comenta que: “O canto desenvolve a respiração, aumenta a proporção
de oxigênio que rega o cérebro e, portanto, modifica a consciência do emissor”.
A prática do relaxamento traz muitos benefícios, contribuindo para a saúde
física e mental. De acordo com Barreto e Silva (2004, p. 64): “O relaxamento
propicia o controle da mente e o uso da imaginação, dá descanso, ensina a
eliminar as tensões e leva à expansão da nossa mente”.
Assim como as atividades de musicalização a prática do canto
também traz benefícios para a aprendizagem, por isso deveria ser mais explorada
na escola. Bréscia (2003) afirma que cantar pode ser um excelente companheiro de
aprendizagem, contribui com a socialização, na aprendizagem de conceitos e
descoberta do mundo. Tanto no ensino das matérias quanto nos recreios cantar
pode ser um veículo de compreensão, memorização ou expressão das emoções. Além
disso, o canto também pode ser utilizado como instrumento para pessoas
aprenderem a lidar com a agressividade.
O relaxamento propiciado pela atividade de cantar também
contribui com a aprendizagem. Barreto (2000, p. 109) observa que: “O relaxamento
depende da concentração e por isso só já possui um grande alcance na educação de
crianças dispersivas, na reeducação de crianças ditas hiperativas e na terapia
de pessoas ansiosas ”. Comenta ainda que crianças com problemas de
adaptação geralmente apresentam respiração curta e pela boca, o que dificulta a
atenção concentrada, já que esta depende do controle respiratório.
As atividades relacionadas à música também
servem de estímulo para crianças com dificuldades de aprendizagem e contribuem
para a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais. As atividades
de musicalização, por exemplo, servem como estímulo a realização e o controle de
movimentos específicos, contribuem na organização do pensamento, e as atividades
em grupo favorecem a cooperação e a comunicação. Além disso, a criança fica
envolvida numa atividade cujo objetivo é ela mesma, onde o importante é o fazer,
participar, não existe cobrança de rendimento, sua forma de expressão é
respeitada, sua ação é valorizada, e através do sentimento de realização ela
desenvolve a auto-estima. Sadie apud Bréscia ( 2003, p.50) afirma que:
crianças mentalmente deficientes e autistas geralmente reagem à
música, quando tudo o mais falhou. A música é um veículo
expressivo para o alívio da tensão emocional, superando dificuldades de fala e
de linguagem. A terapia musical foi usada para melhorar a coordenação motora nos
casos de paralisia cerebral e distrofia muscular. Também é usada para ensinar
controle de respiração e da dicção nos casos em que existe distúrbio da fala.
Já que a música comprovadamente pode trazer tantos benefícios
para a saúde física e mental porque a escola não a utiliza mais? Incluí-la no
cotidiano escolar certamente trará benefícios tanto pra professores quanto para
alunos. Os educadores encontram nela mais um recurso, e os alunos se sentirão
motivados, se desenvolvendo de forma lúdica e prazerosa. Como já foi comentado,
a música ajuda a equilibrar as energias, desenvolve a criatividade, a memória, a
concentração, auto-disciplina, socialização, além de contribuir para a higiene
mental, reduzindo a ansiedade e promovendo vínculos (BARRETO e SILVA, 2004).
Gregori (1997) explica que harmonia, em música, é uma
combinação de sons simultâneos que acompanha a melodia e é construída de acordo
com o gosto do compositor. No cotidiano, inclusive na escola, também se deve
buscar harmonizar a síntese dialética corpo/ mente, pois esta tembém deve
propiciar uma maior tomada de conhecimento da consciência corporal, promovendo o
equilíbrio do ser e contribuindo para sua integração com o meio onde vive, e a
música pode contribuir para isto segundo os avanços das neurociências.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Evidenciou-se através deste estudo que as diversas áreas do
conhecimento podem ser estimuladas com a prática da musicalização. De acordo com
esta perspectiva, a música é concebida como um universo que conjuga expressão de
sentimentos, idéias, valores culturais e facilita a comunicação do indivíduo
consigo mesmo e com o meio em que vive. Ao atender diferentes aspectos do
desenvolvimento humano: físico, mental, social, emocional e espiritual, a música
pode ser considerada um agente facilitador do processo educacional. Nesse
sentido faz-se necessária a sensibilização dos educadores para despertar a
conscientização quanto às possibilidades da música para favorecer o bem-estar e
o crescimento das potencialidades dos alunos, pois ela fala diretamente ao
corpo, à mente e às emoções.
A presença da música na educação auxilia a percepção, estimula
a memória e a inteligência, relacionando-se ainda com habilidades lingüísticas e
lógico-matemáticas ao desenvolver procedimentos que ajudam o educando a se
reconhecer e a se orientar melhor no mundo. Além disso, a música também vem
sendo utilizada como fator de bem estar no trabalho e em diversas atividades
terapêuticas, como elemento auxiliar na manutenção e recuperação da saúde.
As atividades de musicalização também favorecem a inclusão de
crianças portadoras de necessidades especiais. Pelo seu caráter lúdico e de
livre expressão, não apresentam pressões nem cobranças de resultados, são uma
forma de aliviar e relaxar a criança, auxiliando na desinibição, contribuindo
para o envolvimento social, despertando noções de respeito e consideração pelo
outro, e abrindo espaço para outras aprendizagens.
6. REFERÊNCIAS
BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade:
educação e reeducação. 2. ed. Blumenau: Acadêmica, 2000.
BARRETO, Sidirley de Jesus; SILVA, Carlos Alberto da.
Contato: Sentir os sentidos e a alma: saúde e lazer para o
dia-a dia. Blumenau: Acadêmica, 2004.
BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical:
bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.
CAMPBELL, Linda; CAMPBELL, Bruce; DICKINSON, Dee .
Ensino e Aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas. 2.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
GAINZA, Violeta Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia
Musical. 3. ed. São Paulo: Summus, 1988.
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a
teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
GREGORI, Maria Lúcia P. Música e Yoga Transformando sua
Vida. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.
MÁRSICO, Leda Osório. A criança e a música: um
estudo de como se processa o desenvolvimento musical da criança. Rio de Janeiro:
Globo, 1982.
SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da
música? 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de Música:
Experiências com Sons, Ritmos, Música e Movimentos na Pré-Escola. Porto
Alegre: Kuarup, 1988.
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